O número de acidentes de trabalho e mortes em decorrência desses sinistros cresceram nos últimos dois anos no Brasil. É o que revelam dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), plataforma criada por iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho e da OIT Brasil (Organização Internacional do Trabalho).
Em 2020, foram 446.881 casos notificados; em 2021, o número subiu 37%, alcançando 612.920 registros . Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano passado, foram 2.538 mortes, aumento de 36%. O estudo considera apenas quadros envolvendo trabalhadores com carteira assinada.
O problema dos riscos em ambientes ocupacionais é tão grave que a data de 28 de abril foi escolhida pela OIT como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. Aqui no Brasil, também é o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Segundo o procurador-geral do trabalho, José de Lima Ramos Pereira, acidentes do trabalho ocorrem “por descaso de quem tem o dever de oferecer equipamento melhor, orientação e um ambiente seguro, e não o fazem”. Em sua avaliação, esses temas merecem atenção constante em razão das perdas de vidas e de capacidade laborativa em todo o mundo.
De acordo com pesquisas, trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco e à falta de políticas adequadas de prevenção. Há dados ainda de que homens na faixa etária entre 18 e 24 anos e mulheres que têm de 30 a 34 anos são as maiores vítimas desses acidentes.
A OIT alerta também que a saúde mental dos trabalhadores deve ser motivo de preocupação para empregadores. O adoecimento ocupacional pode ocorrer, por exemplo, por exposição a riscos ambientais – como substâncias químicas (fumos, vapores, gases e produtos diversos), fatores físicos (ruídos, vibrações, radiações, frio ou calor) e biológicos (fungos, vírus, bactérias e parasitas).
Fonte: https://ww2.trt2.jus.br/noticias/noticias/noticia/acidentes-de-trabalho-causam-em-media-sete-mortes-por-dia-no-brasil